O chef espanhol Daniel Sancho confessou o homicídio do cirurgião colombiano Edwin Arrieta na segunda-feira. Responsável pela investigação revelou, em declarações ao jornal "El Periódico", que Edwin Arrieta ameaçou matar Daniel Sancho, se este pusesse termo à relação que ambos mantinham.
Corpo do artigo
Segundo fonte da investigação, o cirurgião colombiano ameaçou o chef espanhol em mensagens enviadas para o telemóvel que agora se encontra na esquadra da polícia da ilha de Koh Pangan, na Tailândia.
De acordo com a imprensa tailandesa, que cita fontes policiais, Arrieta disse a Sancho que, se ele terminasse a relação, iria revelar fotografias comprometedoras de ambos. A insistência do cirurgião em ter relações sexuais com o chef, segundo o depoimento de Sancho, fê-lo perder a cabeça e bater-lhe.
Os investigadores responsáveis pelo caso, segundo a imprensa local, estão convencidos de que se trata de um homicídio premeditado "a 100%", tendo em conta as provas recolhidas até agora: imagens de câmaras de segurança e o recibo de compra de luvas, material de limpeza e uma faca na véspera do crime.
A lei local permite à polícia investigar durante 84 dias após o mandado de prisão preventiva, que foi emitido na segunda-feira. No entanto, os investigadores estão confiantes de que o processo estará concluído em três semanas.
Depois da investigação terminar, terão de enviar as conclusões à acusação e o julgamento pode começar. Trata-se de uma diminuição substancial nos prazos habituais da justiça tailandesa, mas a esquadra da polícia nega ter aumentado os esforços devido à cobertura mediática.
"É um homicídio, não temos um aqui todos os dias", explicou fonte policial à imprensa local.
A polícia ainda está a examinar as imagens das câmaras de vigilância e à espera dos resultados dos testes de ADN. As provas incluem sangue encontrado no chão do quarto do hotel e a t-shirt da vítima. A família de Arrieta já chegou à Tailândia e foram efetuados testes para os comparar com os do cirurgião colombiano assassinado.