Expulsão está ligada ao processo de Herman Simm, alto funcionário estónio condenado a doze anos de prisão por fornecer à Rússia cerca de três mil documentos secretos.
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A OTAN expulsou dois funcionários da representação permanente da Rússia e o Kremlin prepara-se para responder.
Segundo fontes da Aliança Atlântica, esta expulsão está ligada ao processo de Herman Simm, alto funcionário estónio que foi condenado a doze anos de prisão por fornecer à Rússia cerca de 3000 documentos secretos relacionados com as actividades da NATO.
Segundo um relatório da KAPO, serviços de informação da Estónia, publicado pelo diário estónio Postimees, um dos elos de ligação entre Simm e o Serviço de Inteligência Externa (SVR) da Rússia era o agente russo Serguei Iakovlev, que se fazia passar pelo cidadão português António de Jesus Amorett Grafa, sendo portador de um passaporte luso.
Segundo o jornal britânico Financial Times, um dos diplomatas expulsos é o filho de Vladimir Tchijov, representante permanente da Rússia junto da União Europeia.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia confirmou a expulsão dos seus diplomatas e prepara-se para responder.
"O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia está a estudar as circunstâncias de dois diplomatas russos para determinar as possíveis acções da nossa parte", declarou Igor Liakin-Frolov, porta-voz da diplomacia russa.
Este escândalo diplomático tem lugar num momento em que as relações entre a Rússia e a NATO se deterioram rapidamente devido às manobras da Aliança Atlântica na Geórgia, cujo início está marcado para 06 de Maio.