Os EUA elegeram a primeira Miss América de origem indiana. Nas redes sociais, foram vários os comentários racistas e xenófobos contra a vencedora, Nina Davuluri, num concurso que foi até mais eclético do que o costume.
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A edição deste ano do Miss América contou com a presença de uma candidata com um braço amputado, a Miss Iowa, Nicole Kelly, e mostrou tolerância com a arte corporal, levada à passerela nas tatuagens da Miss Kansas, Theresa Vail, que faz parte das Forças Armadas dos EUA.
Com 24 anos, Nina Davuluri é a primeira Miss América de ascendência indiana. Representante do estado e Nova Iorque, celebrou a vitória com a publicação de uma foto nas redes sociais, onde disse que estar "muito feliz pela organização do concurso ter abraçado a diversidade.
Alguns minutos depois, surgiram os primeiros comentários racistas e xenófobos no Twitter, como "esta é a Miss América... Não a Miss País Estrangeiro" ou "quando é que uma mulher branca ganhará a Miss América?". As publicações foram posteriormente removidas.
Em declarações à Associated Press, a avó da vencedora afirmou que a neta chorou quando viu as notícias na televisão. "Estou muito, muito feliz pela minha menina. Era o sonho dela e concretizou-se", afirma a mulher de 89 anos.
Filha de pais indianos, Nina nasceu em em Syracuse, Nova Iorque, e afirma que, apesar das origens, sempre se viu como americana.
A notícia surge depois da vencedora ter sido acusada de ter chamado "gorda" à sua antecessora, Mallory Hagan.
Polémicas à parte, a nova miss americana ganhou um prémio monetário de 50 mil dólares (cerca de 37 mil euros). Para trás, ficaram as adversárias, Crystal Lee, Miss Califórnia, Rebeca Yeh, Miss Minnesota, Myrrhanda Jones, Miss Flórida, e Kelsy Griswold, Miss Oklahoma.
No futuro, Davuluri pretende investir o dinheiro na sua formação e frequentar a escola de medicina.