O refém norte-americano Peter Kassig terá sido decapitado pelo Estado Islâmico, de acordco com um vídeo colocado online por aquele grupo terrorista.
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Um vídeo publicado na Internet reclama a morte de Peter Kassing, também conhecido como Abdul-Rahman Kassig, um voluntário de uma organização humanitária capturado na Síria no ano passado.
No vídeo, um militante mascarado aparece ao lado de uma cabeça decapitada, que se diz ser de Kassig, escreve o canal público de televisão britânico BBC.
Em outubro, o vídeo do Estado Islâmico (EI) a anunciar a decapitação do britânico Alan Henning terminava com a ameaça de morte de Kassig.
As imagens mostram os jihadistas e os soldados a marcharem aos pares, uns atrás dos outros. De seguida, as imagens mostram os jihadistas a servirem-se de uma longa faca para atirarem as vítimas ao chão e decapitá-las.
O grupo radical, que desde agosto já executou quatro reféns ocidentais, mostra no vídeo um homem mascarado, de pé, ao lado de uma cabeça decepada, afirmando ter decapitado Peter Kassig. A veracidade do vídeo ainda não foi confirmada.
"Este é Peter Edward Kassig, um cidadão americano do vosso país (...) ", afirma o homem mascarado com sotaque britânico, associando esta execução ao envio de conselheiros norte-americanos para ajudar as tropas iraquianas na sua guerra contra o EI.
Ainda não foi possível confirmar se se trata de "Jihad John", o alegado assassino dos jornalistas norte-americanos James Foley e Steven Sotloff.
Peter Kassig, de 26 anos e ex-soldado no Iraque, tinha-se convertido ao islamismo e fundou uma organização humanitária em 2012 - "Resposta e Assistência Especial de Emergência" - depois de deixar o Exército dos EUA.
Peter Kassig já aparecera num vídeo de 3 de outubro que mostrava a decapitação do refém britânico Alan Henning, em que os jihadistas ameaçavam matá-lo também, em retaliação aos ataques aéreos dos EUA na Síria e no Iraque.
Peter Kassig é o terceiro refém americano cuja decapitação foi reivindicada pelo EI, depois de James Foley e Steven Sotloff.
Dois outros britânicos, Alan Henning, voluntário humanitário, e David Haines, trabalhador humanitário, sofreram o mesmo destino.
Todos eles foram sequestrados na Síria, país em guerra há mais de três anos.
Acusado pela ONU de crimes contra a humanidade, o grupo EI é responsável por terríveis atrocidades, nas vastas regiões conquistadas na Síria e no Iraque, incluindo execuções, sequestros, violações e limpeza étnica.