O grupo extremista Estado Islâmico perdeu, entre 1 de janeiro de 2015 e 14 de março de 2016, 22% do território que controlava na Síria e no Iraque.
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"A guerra está a virar-se contra o Estado Islâmico (EI). Entre 01 de janeiro e 15 de dezembro de 2015, perdeu o controlo de 14% do seu território", indicou Columb Strack, um dos analistas do IHS e especialista em Médio Oriente.
"Um novo estudo indica que, nos últimos três meses, o Estado Islâmico perdeu mais 8% do seu território", ainda em comparação ao que controlava a 01 de janeiro de 2015, acrescentou.
Segundo o ramo britânico do instituto norte-americano IHS, que se baseia em informações retiradas das redes sociais e de fontes no terreno na Síria e no Iraque, o grupo controlava, assim, 73.440 quilómetros quadrados a 14 de março deste ano.
No Iraque, os 'jihadistas' perderam amplos setores em torno de Ramadi, a oeste de Bagdad, e sobretudo à volta de Tikrit, a norte da capital.
Mas as principais perdas ocorreram na Síria.
"Em 2016, vimos as perdas importantes sofridas no nordeste estender-se até Raqa e Deir Ezzor. O Governo sírio fez igualmente progressos no oeste e encontra-se agora a apenas cinco quilómetros da cidade antiga de Palmyra, que foi invadida pelos 'jihadistas' em meados de 2015", precisou Columb Strack.
Desde a perda, no verão passado, de Tal Abyad, que era um dos principais pontos de passagem da fronteira turca utilizados pelos 'jihadistas', o IHS observou que o EI "se debatia com dificuldades financeiras", que se traduziram nomeadamente em "diversos aumentos de impostos" e "grandes reduções nos salários pagos aoa combatentes".
"Essas dificuldades financeiras foram agravadas pelos ataques aéreos da Rússia e da coligação liderada pelos Estados Unidos às fontes de receitas petrolíferas do grupo desde finais de 2015", prosseguiu Strack.
O Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou na segunda-feira a retirada da Síria da maior parte do contingente militar russo que ali levava a cabo uma campanha de ataques aéreos de apoio às tropas do Presidente sírio, Bashar al-Assad, desde 30 de setembro.
Contudo, o exército russo precisou na terça-feira que vai continuar os seus ataques aéreos contra "alvos terroristas" na Síria.