Os Estados Unidos rejeitaram, esta terça-feira, as acusações de conspiração feitas pela Venezuela, considerando "absurdo" dizer-se que Washington poderia ter sido responsável pelo cancro do Presidente Hugo Chávez, minutos antes de anunciada a morte do líder venezuelano.
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"Dizer que os Estados Unidos estão implicados de alguma maneira que seja no caso-o da doença do Presidente Hugo Chávez é absurdo e nós rejeitamos firmemente tal acusação", afirmou um porta-voz do departamento de Estado.
"Rejeitamos firmemente as alegações do Governo venezuelano, segundo as quais os Estados Unidos estão implicados numa conspiração para (o) desestabilizar", acrescentou Patrick Ventrell, em comunicado.
Apesar dos profundos desacordos entre os dois países, os Estados Unidos procuraram pôr em marcha relações produtivas, assegurou, realçando que as "afirmações falaciosas" visam Washington mostram que Caracas não está "interessada num melhoramento dessas relações".
O Pentágono tinha confirmado a expulsão da Venezuela de dois adidos militares americanos, um dos quais tinha sido acusado pelo vice-Presidente de ter procurado contactar militares para lhes propor "projetos desestabilizadores".
Ventrell, por seu lado, sublinhou que os Estados Unidos podem avançar com represálias contra diplomatas venezuelanos, invocando a Convenção de Viena sobre as relações diplomáticas.