A embaixadora dos Estados Unidos na NATO, Julianne Smith, disse esta terça-feira que o seu país terá de verificar se a Rússia está realmente a realizar a retirada de tropas na Ucrânia anunciada por Moscovo.
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"Soubemos hoje que a Rússia assegura que está a levar a cabo alguma forma de desescalada. Estamos a monitorizar a situação. Não tenho mais a dizer sobre isso. Teremos de verificar se é ou não o caso", disse a diplomata, durante uma conferência de imprensa antes da reunião de ministros da Defesa da NATO.
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A Presidência russa (Kremlin) confirmou esta terça-feira o início da retirada de algumas das suas tropas de perto das fronteiras da Ucrânia, denunciando a "histeria ocidental" sobre uma suposta invasão iminente do país pela Rússia.
"Sempre dissemos que após a conclusão dos exercícios, (...) as tropas regressariam às suas guarnições originais. Isto é o que está a acontecer, este é o processo habitual", disse o porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov, citado pela agência francesa AFP.
Por sua vez, o secretário-geral da NATO comentou que a abertura manifestada pela Rússia para resolver o conflito com a Ucrânia pela via diplomática permite um "otimismo cauteloso", mas sublinhou que não se vê ainda uma diminuição da escalada no terreno.
"Até agora, não vimos qualquer desescalada no terreno, nenhuns sinais de redução da presença militar russa nas fronteiras com a Ucrânia, mas vamos continuar a monitorizar e a seguir atentamente o que a Rússia está a fazer. Mas os sinais que chegam de Moscovo, relativamente à vontade de prosseguir os esforços diplomáticos, dão alguma razão para um otimismo cauteloso", declarou Jens Stoltenberg.