Jerry Harris, estrela da série documental "Cheer", da Netflix, foi condenado a 12 anos de prisão, depois de se declarar culpado de assédio sexual a dois irmãos menores de idade.
Corpo do artigo
O ator, de 22 anos, foi considerado culpado por ter assediado Sam, um menino de 15 anos, numa casa de banho durante as gravações do documentário, pedindo-lhe para manter relações sexuais, e, também, por pagar a Charlie, irmão do menor, de 17 anos, para que este lhe enviasse fotos e vídeos de cariz sexual explícito.
Harris admitiu ainda em tribunal ter tido a mesma conduta com mais menores de idade, mas essas acusações foram descartadas.
O assédio às vítimas terá começado quando o irmão mais novo tinha apenas 13 anos, em 2018 e prolongaram-se até fevereiro deste ano, quando o ator foi detido pela polícia.
Jerry Harris foi preso pela primeira vez em setembro de 2020, por posse de pornografia infantil, meses depois da estreia do documentário.
Após a primeira detenção, os produtores de "Cheer" dedicaram um episódio às vítimas, expondo o caso de assédio sexual a menores por parte do artista.
Os advogados de defesa tentaram ainda negociar uma sentença de seis anos, com o argumento de que Jerry Harris foi abusado sexualmente em criança, e por isso tem uma visão errada das relações. Argumento que não convenceu o tribunal, para quem os crimes atuais não podem ser explicados por alegados traumas de infância.
Durante o julgamento, o arguido pediu desculpa às vítimas. "Eu arrependo-me das minhas ações, e peço desculpa." Os irmãos afirmam que tiveram de expor o caso, por saber que Harris "fazia mal a outras crianças."