Um novo estudo, publicado na terça-feira, revela que a descarga de água da sanita pode causar uma nuvem de aerossóis potencialmente infecciosa no caso do novo coronavírus.
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A investigação descreve que após a descarga para limpar a sanita é gerada uma nuvem de gotículas, capazes de se elevarem mais de um metro de altura do chão, que permanecem no ar o tempo suficiente para serem inaladas pelo próximo utilizador do espaço.
O estudo, publicado na revista "Physics of Fluids", debruçou-se sobre a transmissão do Sars-cov-2 através de fezes carregadas de vírus e do potencial risco de utilizar casas de banho públicas.
Os cientistas descobriram que a nuvem formada após a descarga pode transportar partículas infecciosas de coronavírus que já estão presentes no ar circundante ou que foram eliminadas nas fezes de uma pessoa.
Uma simulação feita por computador para simular o fluxo de água e ar numa sanita e a nuvem de gotículas resultante mostrou que quando a água entra na sanita e é gerado um vórtice, a força centrífuga empurra cerca de seis mil gotículas minúsculas e partículas ainda mais pequenas que um aerossol.
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"Os resultados da simulação são alarmantes, pois observa-se um transporte maciço para cima de partículas virais, com 40% a 60% das partículas a chegar acima da sanita, levando à disseminação em grande escala do vírus", escrevem os autores do estudo, citado pelo "The New York Times".
Os investigadores descrevem os resultados como "alarmantes" e deixam algumas recomendações para impedir a transmissão do vírus, nomeadamente limpar o assento da sanita, colocar a tampa antes de fazer a descarga da água e lavar cuidadosamente as mãos após a descarga, pois o vírus pode resistir no botão de descarga e na maçaneta da porta.