O Departamento de Justiça norte-americano acusou três homens de uma alegada conspiração com origem no Irão para matar uma jornalista, autora e ativista iraniano-americana que se manifestou contra os abusos dos direitos humanos do país.
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Rafat Amirov, 43 anos, do Irão, Polad Omarov, 38 anos, da República Checa e Eslovénia, e Khalid Mehdiyev, 24 anos, de Yonkers, Nova Iorque, foram acusados pelo tribunal federal de Nova Iorque de lavagem de dinheiro e de encomendar uma morte.
Os três homens estavam detidos e um aguardava extradição para os Estados Unidos.
Masih Alinejad, ativista da oposição iraniana e escritora exilada na cidade de Nova Iorque, confirmou à Associated Press que ela era o alvo pretendido.
"Não estou com medo", disse Alinejad à AP depois de as autoridades dos EUA terem anunciado as acusações.
"O regime iraniano pensa que, ao tentar matar-me, vai silenciar-me ou silenciar outras mulheres. Mas só me fortalece, tornam-me mais poderosa para lutar pela democracia e dar voz a mulheres corajosas que estão a enfrentar armas e balas nas ruas para acabar com a República Islâmica", afirmou a ativista.
Masih Alinejad disse que os funcionários do FBI lhe leram as mensagens que os conspiradores trocaram entre si, incluindo uma última: "Vai ser feito hoje".
A missão do Irão nas Nações Unidas não respondeu ao pedido de comentário sobre as acusações e a imprensa estatal iraniana não reconheceu até agora a alegada conspiração.
Mehdiyev foi preso no ano passado depois de ter sido apanhado a conduzir pelo bairro de Masih, em Brooklyn, com uma arma "estilo AK-47" carregada e dezenas de cartuchos de munição.