A administração norte-americana afirmou, esta terça-feira, que a estratégia adotada pelos Estados Unidos, com o apoio de uma larga coligação internacional, para lutar contra os radicais jihadistas do Estado Islâmico no Iraque e na Síria está a funcionar.
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"Estamos no início da execução da estratégia. Mas, certamente, os primeiros elementos de que dispomos mostram que esta estratégia está a ter sucesso", afirmou o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest.
"Existem episódios específicos em que o uso da força militar conseguiu travar o avanço do Estado Islâmico (EI) ou acabar com o cerco de alvos humanitários vulneráveis", acrescentou.
O presidente norte-americano, Barack Obama, reúne-se esta terça-feira, em Washington, com os responsáveis militares dos 22 países que integram a coligação internacional, liderada pelos Estados Unidos, para definir uma estratégia comum contra os jihadistas.
Momentos antes destas declarações, o comando militar norte-americano anunciou que aviões de combate dos Estados Unidos e da Arábia Saudita tinham realizado hoje 21 ataques junto da cidade síria curda de Kobane, ação que permitiu "travar o avanço" dos 'jihadistas' do EI.
"Há elementos que mostram que os ataques travaram o avanço do EI", afirmou o comando, num comunicado.
"Contudo, a situação de segurança no terreno permanece fluída, com o EI a tentar ganhar território e as milícias curdas a resistirem", acrescentou o mesmo texto.
Os jihadistas lançaram, em meados de setembro, uma ofensiva contra Kobane, controlando, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, cerca de 40% da cidade.
Ainda em declarações aos jornalistas, o porta-voz da Casa Branca reconheceu que a luta não será rápida ou fácil.
"Temos sido muito francos sobre o facto de que isto será um plano a longo prazo", afirmou Josh Earnest.
O representante da Casa Branca voltou a reiterar que forças terrestres não estarão envolvidas na luta contra o EI, que já controla vastas áreas do território do Iraque e da Síria.
Josh Earnest explicou igualmente que uma das componentes centrais da estratégia da coligação é "reforçar a capacidade das forças de segurança iraquianas" e "desenvolver a capacidade dos combatentes da oposição síria".
"Esta é a componente necessária da estratégia que nos permitirá ver resultados mais significativos no campo da batalha", concluiu.