Os Estados Unidos declararam, esta-sexta-feira que o presidente ucraniano deposto Viktor Ianukovich perdeu qualquer legitimidade para reclamar a liderança da Ucrânia quando deixou o país.
Corpo do artigo
"Acreditamos que Ianukovich perdeu legitimidade quando abdicou das suas responsabilidades. Ele deixou a Ucrânia", afirmou a porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Jennifer Psaki, em declarações aos jornalistas.
Ianukovich afirmou esta sexta-feira, numa conferência de Imprensa, que "não foi deposto", prometendo ainda "continuar a luta para o futuro da Ucrânia".
Esta conferência de Imprensa realizada em Rostov-no-Don, cidade no sul da Rússia, próxima da fronteira ucraniana, foi a primeira aparição pública de Ianukovich desde que foi destituído pelo Parlamento ucraniano, a 22 de fevereiro.
Viktor Ianukovich, de 63 anos, disse ainda que foi forçado a deixar a Ucrânia após ameaças contra a sua vida, defendendo ainda que o poder foi tomado "por jovens neofascistas".
Ainda em declarações à comunicação social, o político referiu que "o terror e o caos" prevalecem neste momento no país, culpando as "políticas irresponsáveis" do Ocidente pela crise que afeta a Ucrânia e pelos confrontos e vítimas registados em Kiev.
O chefe de Estado deposto garantiu que não ordenou à polícia de choque para disparar contra os manifestantes concentrados na capital.
Viktor Ianukovich aproveitou igualmente para pedir desculpas "ao povo ucraniano" por não ter tido mais força para suportar a situação.