Os Estados Unidos da América, a Austrália e o Reino Unido anunciaram uma parceira histórica de segurança para defender os seus interesses na região do Indo-Pacífico, face às vontades da China.
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A parceria permitirá, em particular, à Austrália adquirir submarinos com propulsão nuclear, o que pode por em causa uma grande encomenda de mais de 60 mil milhões dólares australianos (cerca de 37,3 mil milhões de euros) à França.
O novo pacto, designado de "AUKUS", possibilitaria aos três países "partilhar tecnologias avançadas, sobretudo tecnologia de propulsão nuclear nos submarinos", de acordo com o jornal "Sydney Morning Herald".
O presidente dos EUA fez, esta quinta-feira uma declaração sobre a iniciativa "de segurança nacional" acompanhado, de forma virtual, pelo primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, e o chefe do governo britânico, Boris Johnson. O presidente norte-americano já propôs retomar as alianças entre os EUA e a China, dizendo várias vezes que a região Indo-Pacífico é uma prioridade.
Com o pacto confirmado, as relações com França podem arrefecer, caso resulte no cancelamento do pedido da Austrália. Um Acordo Quadro concluído em 2016, e que o presidente francês, Emmanuel Macron, se comprometeu a concretizar, prevê a construção de 12 submarinos de propulsão convencional.
O custo total do programa pelo qual o Grupo Naval francês foi responsável chega a 50 mil milhões de dólares australianos (cerca de 31 mil milhões de euros).
O contrato foi criticado cerca de vários meses pelo partido trabalhista na Austrália, que denunciou o seu custo.