O secretário de Defesa dos Estados Unidos da América, Leon Panetta, pediu desculpa pelas fotografias dos militares norte-americanos com cadáveres de talibãs, durante uma conferência de imprensa, num encontro em Bruxelas.
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A primeira reunião do encontro iniciado esta terça-feira juntou chefes de diplomacia e ministros da Defesa na análise da situação do Afeganistão e na preparação da próxima cimeira da NATO, em Chicago.
Entre os assuntos em discussão ao longo do encontro, estiveram destacadas as fotografias dos soldados norte-americanos, "firmemente condenadas" pelo secretário de Defesa dos EUA.
Ainda assim, Leon Panetta referiu que, em situações de guerra, os militares "podem optar por decisões disparatadas", reforçando a sua grande preocupação relativamente aos efeitos do incidente, nas tropas que estão atualmente em serviço.
Jay Carney, porta-voz da presidência dos EUA, apelidou a conduta dos soldados de "repreensível" sendo que "em caso algum representa os padrões que se esperam dos soldados norte-americanos", explicou.
Também o chefe do Pentágono criticou a atitude das tropas, ainda assim salientando que "as imagens não representam em nada os valores ou o profissionalismo da vasta maioria dos militares americanos que hoje servem no Afeganistão".
A polémica associada a estas imagens pode aumentar a tensão que tem emergido entre os Estados Unidos da América e o Afeganistão, devido a várias situações de conduta duvidosa.
Em janeiro passado, um vídeo mostrou quatro soldados da marinha norte-americana a urinar em cima de cadáveres afegãos. Mais tarde, em Fevereiro, a inesperada queima de várias cópias do Corão numa base do exército, despoletou uma série de conflitos levando a mais de 30 fatalidades.