Os EUA denunciaram segunda-feira o silêncio "forçado" e a inação "perigosa" do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) depois dos disparos de mísseis pela Coreia do Norte, acusando sem nomear russos e chineses de protegerem Pyongyang.
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"Face a disparos sem precedente no ano passado, dois membros permanentes forçaram ao silêncio, apesar das violações repetidas da Coreia do Norte", declarou a embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, referindo-se aos vetos da China e da Federação Russa, em maio passado, opostos a uma resolução que visava impor novas sanções ao regime de Pyongyang.
"Sobre este assunto vital, o silêncio conduz à inutilidade", acrescentou durante uma reunião de urgência do Conselho, depois de novos disparos de mísseis nos últimos dias pela Coreia do Norte.
"A ausência de ação do Conselho é mais que vergonhosa, ela é perigosa", mas este "fracasso" em agir, que "encoraja" a Coreia do Norte a fazer estes disparos "sem recear consequências", "não é coletivo, é específico", insistiu.
"A realidade é que os que protegem a Coreia do Norte das consequências destes testes (...) colocam a Ásia e o mundo inteiro em perigo", indicou, estimando que graças às sanções votadas pelo Conselho em 2017, Pyongyang "absteve-se de provocações relevantes durante cerca e cinco anos".
Vários outros membros do Conselho exprimiram as mesmas condenações dos disparos norte-coreanos, como o embaixador japonês, Ishikane Kimihiro, e o francês, Nicolas de Rivière.