Os Estados Unidos e a China chegaram a um acordo sobre uma nova série de sanções contra a Coreia do Norte, em resposta ao ensaio nuclear que levou a cabo, no mês passado, revela o diário "Wall Street Journal", citando fontes diplomáticas.
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A resolução, que reforça sanções vigentes e incorporará outras novas, será apresentada na reunião do Conselho de Segurança da ONU, convocada para esta terça-feira.
"Há uma reunião amanhã [terça-feira] e teremos um texto que os Estados Unidos e a China vão apresentar em conjunto.Eles chegaram a um acordo", asseguraram as fontes ao jornal, citadas pela agência Efe.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas, com o apoio de Pequim, reajustou as sanções existentes contra a Coreia do Norte, em janeiro, depois de Pyongyang ter lançado um míssil, em dezembro.
O terceiro ensaio nuclear (depois de 2006 e 2009) do regime norte-coreano, que teve lugar a 12 de fevereiro, foi condenado por grande parte da comunidade internacional.
As sanções em vigor incluem a proibição de todos os testes de mísseis balísticos e nucleares e incidem sobre a importação e exportação de materiais e equipamentos relacionados.
O Conselho de Segurança da ONU também impôs um embargo às importações e exportações de armas, à exceção das de pequeno porte, ditando também sanções financeiras e outras aplicadas contra uma série de pessoas e empresas da Coreia do Norte.
Segundo as fontes diplomáticas citadas pelo diário, Pequim não estaria, contudo, de acordo com um embargo de petróleo face ao receio de que o colapso da economia norte-coreana desencadeie uma onda de refugiados para a China.
A reunião desta terça-feira, à porta fechada, que versa "consultas informais", deve arrancar pelas 11.00 horas locais (16.00 horas em Portugal continental), segundo a presidência russa do Conselho de Segurança da ONU.
"Não vai haver lugar a votação na terça-feira, mas poderá estar para breve. Este é um sinal que um projeto de resolução está prestes a ser entregue", afirmou um diplomata na ONU, sob condição de anonimato, em declarações à agência francesa AFP.