EUA e Coreia do Sul juntos em exercícios militares contra a força nuclear de Pyongyang
Um porta-aviões dos EUA atracou, esta sexta-feira, no sudeste da Coreia do Sul para exercícios militares conjuntos entre os dois países, pela primeira vez em quase cinco anos. A aliança é uma demonstração de força perante os recentes testes nucleares da Coreia do Norte.
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O USS Ronald Reagan e os seus navios de batalha atracaram na cidade portuária sul-coreana de Busan, para um treino militar conjunto destinado a aumentar a prontidão de ambos os países e "mostrar a força da aliança entre a Coreia do Sul e Estados Unidos", disse à France-Presse uma fonte do ministério da Defesa sul-coreano. A visita pretende "dissuadir as ameaças de mísseis e a ameaça nuclear da Coreia do Norte", acrescentou.
Os exercícios militares dos próximos dias serão os primeiros a envolver um porta-aviões dos EUA na região desde 2017, quando Washington enviou três porta-aviões, incluindo o Reagan, para exercícios navais com a Coreia do Sul, em resposta aos testes nucleares e de mísseis da Coreia do Norte nessa altura.
Nos últimos anos, Seul e Washington reduziram e cancelaram os treinos militares de grande escala para apoiar os esforços diplomáticos com Pyongyang ou por causa da pandemia covid-19.
Esta concentração de forças acontece depois da Coreia do Norte ter aprovado recentemente uma lei que permite o uso preventivo de armas nucleares perante uma ameaça ao país, assumindo uma doutrina nuclear cada vez mais agressiva. Desde o início deste ano, o país de Kim Jong-un testou mais de 30 mísseis balísticos, com capacidade nuclear, capazes de atingir tanto o território continental dos EUA como a Coreia do Sul.
Para lidar com as ameaças nucleares norte-coreanas, a Coreia do Sul tem vindo a construir e comprar mísseis de alta tecnologia e outras armas convencionais, mas continua a não possuir armas nucleares no seu arsenal militar, estando sob a proteção do "guarda-chuva nuclear" dos EUA.