O embaixador dos Estados Unidos nas Nações Unidas afirmou hoje, domingo, que Washington e outros membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU estão a estudar novas sanções contra o Irão se este não provar que o programa nuclear é para fins pacíficos.
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A diplomata norte-americana Susan Rice, por seu turno, também afirma que um grupo de países ocidentais está em período "de negociações intensas" com Teerão, mas que o Irão tem "o tempo esgotado" para abrir completamente o seu programa nuclear às inspecções internacionais.
Rice refere que os Estados Unidos admitem três opções: sanções através da ONU, trabalhar com aliados europeus para punir o Irão ou empreender uma acção unilateral "sob outras formas".
O director-geral da Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA), Mohamed ElBaradei, que chegou sábado a Teerão, anunciou hoje, domingo, em conferência de imprensa, que a agência da ONU iniciará no próximo dia 25 uma inspecção ao novo complexo iraniano de enriquecimento de urânio.
ElBaradei também referiu que os Estados Unidos, a França e a Rússia vão reunir-se no dia 19 com o Irão, em Viena, para discutir a possibilidade de enriquecimento de urânio iraniano por um país terceiro, que poderá ser a Rússia.
"É importante que os nossos inspectores visitem o novo complexo de enriquecimento de urânio para termos garantia de que foi construído para fins pacíficos", declarou o director-geral da AIEA.
A existência desta fábrica, situada perto de Qom (arredores de Teerão), foi anunciada a 25 de Setembro pelo regime islâmico, suscitando a apreensão e críticas de algumas capitais ocidentais, nomeadamente os Estados Unidos.
A visita do diplomata egípcio ocorre três dias após o reinício, em Genebra, das negociações entre o Irão e as grandes potências, que suspeitam que Teerão procura adquirir a arma atómica sob capa de actividades nucleares civis, o que é desmentido pelos iranianos.