O Governo não vai processar judicialmente os familiares de norte-americanos sequestrados no estrangeiro que paguem resgate pela sua libertação, depois de críticas pela morte de reféns no último ano.
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"Estas famílias já sofreram o suficiente e não deverão nunca sentir-se ignoradas ou vitimizadas pelo seu Governo", disse Barack Obama na Casa Branca, depois de reunir-se com familiares de norte-americanos sequestrados.
O chefe de Estado norte-americano sublinhou, contudo, que o Governo vai manter a sua política de não pagar resgates à sorganizações que sequestrem cidadãos norte-americanos, apesar das queixas dos familiares.
"Fazer isso pode significar pôr em perigo mais norte-americanos e financiar o terrorismo que estamos a tentar travar", afirmou Barack Obama.
As mudanças na política do Governo sobre o sequestro de nacionais no estrangeiro resultam de uma revisão ordenada por Barack Obama o ano passado, depois de casos de reféns norte-americanos decapitados pelo grupo extremista Estado Islâmico.
O Presidente norte-americano emitiu, esta quarta-feira, uma nova diretiva política em que explica as mudanças, que visam uma maior comunicação com as famílias dos sequestrados ao longo do processo para tentar a sua libertação.
Algumas famílias queixaram-se de ter recebido ameaças de serem processadas judicialmente pelo Governo se pagassem o resgate exigido e Obama garantiu que isso não se vai repetir.