Os EUA lançaram, esta sexta-feira, ataques contra 85 alvos na Síria e no Iraque em resposta ao ataque com drones, no domingo passado, a uma base militar norte-americana que matou três soldados, na Jordânia.
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Os militares mortos no domingo eram todos da Geórgia - os sargentos William Jerome Rivers (46 anos), de Carrollton, Kennedy Sanders (24), de Waycross, Breonna Moffett (23), de Savannah. Os restos mortais chegaram, esta sexta-feira, aos Estados Unidos.
A resposta dos EUA ocorreu pelas 21 horas, com mais de 85 alvos atingidos, numa operação que envolveu numerosos aviões, incluindo bombardeiros de longo alcance provenientes dos Estados Unidos. Foram utilizadas mais de 125 munições de precisão, segundo o Comando Central do Exército (Centcom) , com sede na Florida, que coordena as operações dos EUA em 20 nações.
Os alvos foram centros de operações de comando e controlo, centros de informação, locais de armazenamento de "rockets", mísseis e drones, bem como instalações logísticas e de cadeia de abastecimento de munições das milícias.
"Esta tarde, sob a minha direção, as forças militares norte-americanas atingiram alvos em instalações no Iraque e na Síria que o IRGC [Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica] e as milícias afiliadas utilizam para atacar as forças norte-americanas", afirmou o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, numa declaração em que confirma os ataques de retaliação.
Acrescentou que já tinha assistido ao "regresso digno destes corajosos americanos" e falado com as suas famílias. "A nossa reação começou hoje. Continuará nos momentos e locais que escolhermos", garantiu.
Biden disse ainda que os EUA "não procuram conflitos no Médio Oriente ou em qualquer outro lugar do mundo", mas fez um aviso. "Que todos aqueles que possam procurar fazer-nos mal saibam isto: se fizerem mal a um americano, nós responderemos".
Estas foram as primeiras mortes dos EUA atribuídas a grupos de milícias apoiados pelo Irão, que durante meses intensificaram os seus ataques às forças norte-americanas na região após o início da guerra entre Israel e o grupo islamita Hamas, em 7 de outubro, na Faixa de Gaza.
Mais de 40 soldados também ficaram feridos no ataque de domingo com drones na Torre 22, um posto avançado militar secreto dos EUA no deserto, cuja localização permite que as forças dos EUA se infiltrem e saiam discretamente da Síria.