A Administração Federal da Aviação dos EUA levantou dúvidas, em 2010, sobre a capacidade para voar do piloto da Germanwings que terá sido responsável pela queda de um Airbus A320 nos Alpes.
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A organização ponderou não dar autorização a Andreas Lubitz para que pudesse voar em treino no espaço aéreo norte-americano, devido à depressão de que tinha sofrido, revela o "New York Times".
Foram os médicos alemães que asseguraram à Administração Federal da Aviação (FAA, na sigla em inglês) que Lubitz estaria completamente recuperado do episódio depressivo que o tinha levado a suspender o treino no ano anterior.
A FAA acabou por permitir ao piloto que voasse nos EUA e prosseguisse o seu treino no centro da Lufthansa no Arizona, mas avisou que uma recaída levaria a uma interdição de voo.
Nessa altura, a FAA teve acesso ao registo médico do piloto, onde constava uma pausa nos estudos para tratar uma depressão entre janeiro e outubro de 2009. Nesse período, está registada a prescrição de dois medicamentos para a doença.
O jornal norte-americano, que teve acesso a documentos tornados público ao abrigo de uma lei de liberdade de informação, conta ainda que Lubitz tentou enganar as autoridades, ao dizer que nunca tinha sido tratado para doenças do foro psiquiátrico. Essa indicação foi mais tarde alterada.
O piloto alemão é apontado como o principal responsável pela queda do avião dos Germanwings, nos Alpes, em que morreram 150 pessoas.