Após um fim de semana de violações do cessar-fogo na Faixa de Gaza, Washington tenta manter o acordo de pé. O vice-presidente dos EUA, JD Vance, deslocou-se a Israel e disse estar "confiante" num bom resultado, enquanto o líder norte-americano, Donald Trump, não descarta pedir aos aliados no Médio Oriente para "endireitarem o Hamas", ainda que a entrada de militares norte-americanos na região tenha sido descartada.
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Vance garantiu hoje aos jornalistas que não vai enviar tropas norte-americanas para a região, nem colocar um prazo para o desarmamento do Hamas, por ser "uma coisa difícil", ainda que tenha continuado a prometer "que coisas muito más vão acontecer", caso o processo não avance. Para hoje, está prevista uma reunião com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Na rede Truth Social, o líder da Casa Branca sugeriu que aliados poderiam entrar em Gaza para lidar com os islamitas. "Vários dos nossos agora grandes aliados no Médio Oriente e em áreas próximas do Médio Oriente... informaram-me que acolheriam com agrado a oportunidade, a meu pedido, de entrar em Gaza com uma força pesada e "endireitar o Hamas" se o Hamas continuar a agir mal", escreveu Trump.
A tentativa de assegurar a continuidade do acordo ocorre após Israel ter lançado 153 toneladas de bombas, no domingo, em resposta à morte de dois soldados em Rafah. O Hamas afirmou, todavia, que não tinha conhecimento de combates na cidade no Sul do enclave. Telavive acusa ainda o grupo palestiniano de não querer entregar todos os corpos de reféns, enquanto os islamitas denunciam os vários ataques mortais hebraicos e o bloqueio de ajuda humanitária que está na fronteira com o Egito.
Israel devolveu 15 corpos ontem, em Gaza, reportou a Cruz Vermelha. O Hamas, por sua vez, anunciou a entrega de dois cadáveres exumados de reféns para a noite de ontem.