O ex-chefe do Exército e membro observador do gabinete de guerra israelita Gadi Eisenkot pediu esta segunda-feira ao Parlamento que suspenda a ofensiva em Rafah para garantir o regresso dos reféns detidos em Gaza desde 7 de outubro.
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De acordo com o jornal Times of Israel, Eisenkot referiu à comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros e Segurança a necessidade de "pôr fim aos combates em Rafah e, ao mesmo tempo, fazer progressos no acordo sobre os reféns".
Para além disso, o antigo militar, membro do Knesset (parlamento), defendeu que Israel cessaria os combates "durante o tempo necessário" para recuperar os reféns.
Eisenkot recordou a trégua de uma semana alcançada com o grupo islamita Hamas no final de novembro para defender que as autoridades israelitas "podem suspender os combates e regressar a eles durante o tempo necessário para atingir os objetivos da guerra".
O pedido de Eisenkot surge após um bombardeamento israelita em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, que causou pelo menos cerca de 50 mortos - perto de metade dos quais mulheres, crianças e idosos - e 249 feridos.
O ataque atingiu um campo de deslocados no bairro de Tal al-Sultan, no noroeste da cidade, que era considerado uma "zona segura", uma vez que o exército ainda não tinha apelado à sua evacuação, como tinha feito com as zonas do leste e do centro do enclave.
Desde que o exército israelita iniciou a sua ofensiva em Rafah, a 6 de maio, quase um milhão de pessoas fugiram, principalmente para as praias de Al Mawasi, onde permanecem amontoadas sem acesso a saneamento ou água potável.