Um homem que se declarou culpado de matar uma funcionária de uma loja de conveniência, ateando-lhe fogo, foi executado no Texas, na terça-feira, na segunda de três execuções a realizar nos Estados Unidos esta semana.
Corpo do artigo
Matthew Johnson, de 49 anos, foi executado por injeção letal na Penitenciária Estadual do Texas, em Huntsville, e declarado morto às 18.53 horas locais (0.53 horas desta quarta-feira em Portugal continental).
Johnson foi condenado à morte pelo homicídio de Nancy Harris, de 76 anos, em 2012. Admitiu no julgamento ter atirado líquido de isqueiro a Harris e ter-lhe ateado fogo durante um assalto matinal a uma loja em Garland, no Texas.
Nas suas últimas palavras, Johnson agradeceu a Deus e pediu perdão à família da vítima. "Nunca quis magoá-la", disse, pedindo desculpa à mulher e às três filhas. "Só saibam que não foi nada que tenham feito. Fiz escolhas erradas, tomei decisões erradas e agora estou a pagar as consequências".
A execução de Johnson estava prevista ocorrer poucas horas depois de o estado do Indiana, no centro-oeste dos Estados Unidos, ter realizado a sua segunda execução desde 2009. Benjamin Ritchie, de 45 anos, foi morto por injeção letal durante a noite na Penitenciária Estadual de Indiana, em Michigan City, pelo homicídio do polícia Bill Toney, em 2000, informou o Departamento de Correções de Indiana em comunicado. Toney, pai de dois filhos, foi morto a tiro após perseguir uma carrinha que tinha sido roubada por Ritchie e outro homem num posto de abastecimento de combustível na cidade de Beech Grove.
A outra execução agendada para esta semana será no estado do Tennessee, no sul do país. Oscar Smith, de 75 anos, será condenado à morte por injeção letal, na quinta-feira, pelos homicídios a tiro e à facada da sua ex-mulher, Judy Smith, e dos seus dois filhos, Chad e Jason Burnett, em 1989.
Este ano, já foram realizadas 18 execuções nos Estados Unidos: 14 por injeção letal, duas por fuzilamento e duas com recurso a azoto. A pena de morte foi abolida em 23 dos 50 estados norte-americanos, enquanto outros três, Califórnia, Oregon e Pensilvânia, têm moratórias em vigor. O presidente norte-americano Donald Trump é um defensor da pena de morte e apelou no seu primeiro dia de mandato a um alargamento da sua utilização "aos crimes mais vis".