Executivo Trump processa autoridades de Nova Iorque por darem "santuário" a imigrantes ilegais
O Departamento de Justiça norte-americano interpôs uma ação judicial contra as autoridades de Nova Iorque, incluindo o presidente da câmara, pela política de "santuário" da cidade, que protege imigrantes ilegais em risco de deportação.
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A procuradora-geral Pam Bondi afirmou em comunicado na quinta-feira que "a política de 'santuário' da cidade de Nova Iorque libertou milhares de criminosos para as ruas, que cometeram crimes violentos contra cidadãos cumpridores da lei".
O governo republicano alega que as chamadas 'leis santuário' são inconstitucionais, dado que a imigração é uma jurisdição federal.
Estas leis proíbem a polícia de prender pessoas com base no seu estatuto de imigração e limitam a partilha de informações com as autoridades federais sobre imigrantes.
Trump deu prioridade ao combate à imigração ilegal, alegando uma "invasão" do país por "criminosos estrangeiros" e divulgando amplamente as deportações de imigrantes.
O seu Departamento de Justiça já interpôs ações judiciais nos últimos meses contra os estados "santuário" de Illinois, Nova Iorque e Colorado, bem como as cidades de Los Angeles e Chicago, todos liderados por democratas.
Em fevereiro, a administração Trump ordenou aos procuradores de Nova Iorque que retirassem as acusações de corrupção contra o presidente da câmara, Eric Adams, alegando que tinham motivações políticas e o impediam de se dedicar integralmente ao "combate à imigração ilegal e ao crime".
Um juiz federal rejeitou definitivamente o caso em abril, referindo, contudo, que o acordo entre o executivo e Adams tinha "o ar de uma negociata: retirar a acusação em troca de concessões na política de imigração".