Pelo menos 10 pessoas, nove delas de nacionalidade alemã, morreram e 15 ficaram feridas, esta terça-feira, após uma explosão, na praça de Sultanahmet, no centro histórico de Istambul, perto da basílica Sainte-Sophie e da Mesquita azul
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As autoridades turcas suspeitam de ataque terrorista na origem da explosão, em Istambul, que fez pelo menos 10 mortos, nove alemães e um norueguês, e 15 feridos, na maioria de nacionalidade alemã.
"Suspeitamos de uma origem terrorista", declarou um responsável do governo turco à agencia de notícias francesa AFP, sob anonimato, confirmando os inúmeros relatos de testemunhas que se encontravam no local".
Segundo a BBC, o ataque terá sido perpetrado por um elemento associado ao Estado Islâmico.
Ainda não é conhecida a causa da explosão, mas um testemunho avançado pela emissora turca nacional assegura que "parecia tratar-se de um atentado suicida, muito próximo do obelisco egípcio na Esplanada da Mesquita", na praça de Sultanahmet, naquele popular e turístico bairro de Istambul.
Uma testemunha disse à agência de notícias Reuters que viu corpos despedaçados no local. Um polícia de rua confirmou a versão ao repórter da Reuters.
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A detonação, violenta, foi ouvida e sentida pelas 10.18 horas locais (8.18 horas em Portugal continental) na praça Taksim, a vários quilómetros de distância de Sultanahemet, confirmou à agência de notícias francesa AFP uma testemunha que se encontrava naquele local.
Várias ambulâncias e a polícia chegaram rapidamente ao local onde se deu a explosão, segundo as imagens que os canais de televisão turcos estão já a transmitir.
A zona foi isolada pela polícia, tendo o trânsito nas ruas adjacentes sido cortado como medida de precaução, acrescenta a cadeia televisiva CNN-Turquia.
A Turquia vive há vários meses em estado de alerta depois do duplo atentado suicida que fez 103 mortos, em outubro passado, à frente da estação de comboios central de Ancara.
O duplo atentado aconteceu cerca de três semanas antes das eleições legislativas antecipadas turcas (agendadas para 1 de novembro), tendo o Governo decidido decretar três dias de luto nacional.
Em Istambul, pelo menos 10 mil pessoas foram a 10 de outubro para as ruas para contestar e atribuir responsabilidades pelo atentado ao Governo turco, exibindo uma grande faixa com a frase "Conhecemos os assassinos" e apupando o Presidente islâmico-conservador turco, Recep Tayyip Erdogan, e o Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP), no poder desde 2002, segundo o testemunho de um repórter fotográfico da agência noticiosa AFP.