As formações de extrema-direita francesas Frente Nacional e Aliança Azul Marinho afirmaram-se "horrorizadas com o odioso atentado" contra a sede do semanário satírico "Charlie Hebdo", em Paris, em que morreram 12 pessoas.
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Num comunicado, as duas formações lideradas por Marine Le Pen manifestam "imensa tristeza pelas vítimas" e apresentam condolências às respetivas famílias.
A Frente Nacional (FN) anunciou para esta tarde uma "declaração solene" de Le Pen na página do partido na Internet e, para quinta-feira, uma conferência de imprensa na sede do partido em Nanterre, no norte de Paris, em vez da prevista mensagem de Ano Novo, adiada para "uma data próxima".
Três homens armados com uma kalashnikov e um lança-rockets atacaram a sede do jornal satírico "Charlie Hebdo", no centro de Paris, fazendo pelo menos 12 mortos, dois dos quais polícias, e 20 feridos, quatro deles muito graves.
O jornal "Charlie Hebdo" tornou-se conhecido em 2006 quando decidiu republicar cartoons do profeta Maomé, inicialmente publicados no diário dinamarquês "Jyllands-Posten" e que provocaram forte polémica em vários países muçulmanos.
Em 2011, a sede do semanário ficou destruída num incêndio de origem criminosa depois da publicação de um número especial sobre a vitória do partido islamita Ennahda na Tunísia, no qual o profeta Maomé era o "redator principal".