O assassinato da menina de 12 anos, Lola, em Paris suscitou um debate sobre a política de emigração, por parte de representantes da direita e da extrema-direita, após a polícia francesa indicar como principal suspeita do crime uma argelina que vivia ilegalmente em França. O corpo da criança foi sepultado esta segunda-feira.
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O presidente francês, Emmanuel Macron, descreveu o que aconteceu como um "extremo mal" e disse que foi "vertiginoso" enfrentar o que alguns na sociedade eram capazes.
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O caso levou a que Jordan Bardella, presidente da União Nacional, partido de extrema-direita, acusasse o governo de não fazer o suficiente para impedir a imigração ilegal. Também Marine Le Pen acusou o governo de ser complacente com estrangeiros que vivem no país em situação irregular.
Os ministros responderam a essas repreensões dizendo que eram inadequadas no momento, acusando a extrema-direita de "usar o caixão de uma menina de 12 anos como um trampolim".
A família de Lola, que se encontrou com Emmanuel Macron na semana passada, num comunicado enviado à agência de notícias francesa AFP, pediu que as discussões políticas fossem deixadas de lado e que honrassem a memória da filha com "paz, respeito e dignidade".
A missa fúnebre foi aberta ao público, esta segunda-feira, na localidade de Lillers, França, cidade natal da menina. A família quis que o funeral no cemitério fosse estritamente privado.
Apenas 500 pessoas puderam estar presentes no interior da igreja mas, dada a presença de milhares de pessoas, foram colocados altifalantes para permitir que acompanhassem a cerimónia do lado de fora.
O ministro da administração interna francês, Gerald Darmanin, um aliado próximo de Macron, também participou na cerimónia fúnebre da menina.