Mais de uma centena de familiares de soldados iraquianos que desapareceram durante a ofensiva do grupo "jihadista" Estado Islâmico no Iraque invadiram o parlamento, em Bagdade, esta terça-feira.
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Membros da polícia antimotim tentaram controlar os manifestantes enfurecidos que exigiam saber notícias dos seus familiares, referiu um responsável local, que estava no parlamento na altura dos incidentes.
Os manifestantes partiram cadeiras no refeitório do parlamento e atacaram funcionários e alguns deputados, de acordo com a mesma fonte, citada pela agência francesa AFP.
Cerca de 1700 membros das forças de segurança iraquianas renderam-se em junho último ao grupo sunita ultrarradical, quando os "jihadistas" assumiram o controlo de Mossul, a segunda maior cidade iraquiana, e ameaçaram avançar até Bagdade.
Posteriormente, o grupo divulgou fotografias de dezenas de homens que tinham sido alegadamente executados numa zona de deserto. Os "jihadistas" afirmaram na mesma altura que o número total de mortos rondava as centenas.
O parlamento iraquiano ia debater o assunto, esta terça-feira, mas os manifestantes interromperam o início da sessão plenária, que ficou adiada para quarta-feira.
A 9 de junho, o EI lançou uma ofensiva no Iraque, que já lhe permitiu ocupar vastas faixas do território a norte, oeste e leste de Bagdade e obrigou à fuga de centenas de milhares de pessoas.