As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia anunciaram que vão deixar de sequestrar pessoas no país e colocaram em liberdade os dez militares e polícias que mantinham como reféns.
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Esta promessa foi feita numa declaração do secretário do Estado-Maior Central das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), divulgada no seu sítio na Internet, a partir das montanhas da Colômbia onde se encontra, escreve a agência Efe.
"Anunciamos também que a partir desta data prescreve a prática de sequestros na nossa atuação revolucionária", informam as FARC.
Segundo o mesmo comunicado, esta decisão obriga as FARC a derrogar a "lei rebelde de 2000" quanto ao seu financiamento com o sequestro de civis.
O fim dos sequestros como arma política era um dos propósitos dos apelos do movimento Colombianas y Colombianis por la paz (CCP), liderado pela congressista Piedad Córdoba. A congressista e o grupo CCP mantêm desde há mais de três anos uma troca epistolar com os rebeldes.
Na mesma declaração, as FARC afirmam que aceitam libertar dez militares e polícias que mantinham cativos há mais de 12 anos.
As forças revolucionárias chegaram a ter cativas 50 pessoas, entre políticos, militares, políticas e três norte-americanos.
As FARC afirmam que agradecem e aceitam "sem vacilar" que o Governo brasileiro disponibilize os meios logísticos para a missão humanitária de resgate dos reféns.