A guerrilha das FARC ordenou às suas unidades para "cessarem todas as ações de caráter ofensivo" e libertou um militar colombiano, enquanto prosseguem em Havana as conversações de paz.
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"Neste dia 20 de julho às 00.00 horas entra em vigor a ordem de cessar toda a ação de caráter ofensivo contra as forças armadas do Estado, e ainda contra as infraestruturas públicas e privadas", anunciaram as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) num comunicado publicado no site pazfarc.org.
A guerrilha preveniu no entanto que as unidades das FARC "terão direito à legítima defesa em caso de ataque".
O cessar-fogo "de caráter humanitário constitui um novo gesto na nossa parte com o objetivo de encontrar com o governo fórmulas cada vez mais eficazes para reduzir a escalada do conflito", acrescentam as FARC.
Em paralelo, a guerrilha marxista colombiana libertou um militar que estava detido pela organização deste 7 de julho. "O tenente Cristian Moscoso está livre e está bem", escreveu o presidente colombiano José Manuel Santos na sua conta Twitter após uma operação do Comité internacional da Cruz Vermelha (CICR) que mobilizou dois helicópteros.
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O Governo colombiano, que recentemente desencadeou uma nova ofensiva no terreno, comprometeu-se em responder ao gesto unilateral das FARC com uma diminuição da atividade militar.
As autoridades de Bogotá e a principal força da guerrilha colombiana, que mobiliza pelo menos 8 mil combatentes, anunciaram no passado domingo um acordo para reduzir a escalada do conflito e que pela primeira vez prevê uma redução das operações do exército desde a abertura das conversações de paz em 2012.
As delegações das duas partes estão envolvidas neste diálogo para a paz num iniciativa patrocinada pela Noruega e Cuba, e que decorre em Havana.