Fernando Villavicencio: o candidato que desafiou o narcotráfico no Equador
O candidato presidencial Fernando Villavicencio, assassinado esta quarta-feira, em Quito, tinha como bandeira a luta contra a corrupção, a mineração ilegal e o narcotráfico. Num Equador cada vez mais envolvido na produção e distribuição de cocaína, o grupo criminoso Los Lobos reivindicou a ação.
Corpo do artigo
O episódio, na saída de um comício na capital equatoriana, causou a morte de Villacencio, candidato presidencial que aparecia entre quarto e quinto lugares nas últimas sondagens, e de um dos suspeitos pelo ataque – este baleado pela equipa de segurança. Outras nove pessoas tiveram ferimentos, incluindo uma candidata a deputada e dois polícias. As autoridades detonaram ainda um dispositivo explosivo encontrado na área, segundo o investigador-chefe, Alain Luna, citado pela agência France-Presse (AFP).
O assassínio foi entretanto reivindicado pelo gangue Los Lobos, dissidência dos Los Choneros, num vídeo divulgado na rede social X (antigo Twitter). "Queremos deixar claro para toda a nação equatoriana que toda as vezes que políticos corruptos não cumprirem as suas promessas, quando receberem o nosso dinheiro, que são milhões de dólares, para financiar a sua campanha, serão dispensados", disse um dos membros do grupo, em declarações reproduzidas pelo jornal "La Razón".