Filha de Isabel II diz que rainha estava preocupada com possibilidade de morrer na Escócia
A princesa Ana, filha de Isabel II, disse, num novo documentário, que a rainha estava consciente de que poderia causar problemas aos organizadores do funeral se morresse na propriedade de Balmoral, na Escócia.
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“Acho que houve um momento em que ela sentiu que seria mais difícil se morresse em Balmoral”, disse a princesa Ana. “E acho que tentámos convencê-la de que isso não deveria fazer parte do processo de tomada de decisão”.
A monarca mais antiga do Reino Unido, que reinou durante 70 anos, morreu aos 96 nas Terras Altas da Escócia, em Balmoral, em 8 de setembro de 2022.
A rainha falou abertamente do seu amor pela propriedade de 20 mil hectares, passando lá até dois meses durante o verão, geralmente com o seu marido, o príncipe Filipe, e a sua família. Enquanto estava na propriedade, comprada para a rainha Vitória pelo marido, o príncipe Albert, em 1852, a monarca montava póneis e passeava com os seus corgis de estimação nas colinas circundantes ou ao longo do rio Dee.
Havia vários planos estavam em vigor caso a rainha morresse em qualquer uma das suas principais residências reais, desde Sandringham, no leste da Inglaterra, ao Castelo de Windsor, a oeste de Londres, e até mesmo no estrangeiro. Os preparativos para a Escócia receberam o nome de código "Operação Unicórnio", em homenagem ao animal nacional da Escócia.
A princesa Ana, de 73 anos, que estava em Balmoral por "acaso" na altura da morte da rainha, acompanhou o caixão da mãe na viagem de carro pela Escócia até Edimburgo e depois de avião para Londres. Na época, disse que foi “uma honra e um privilégio fazê-lo”.
A princesa disse ainda que também sentiu uma sensação de alívio quando a Coroa Imperial do Estado foi removida do caixão no funeral, simbolizando o fim formal do reinado de Isabel II. “Estranhamente, senti uma sensação de alívio, de alguma forma, é isso, acabou”, disse. "Essa responsabilidade está a ser transferida".
Sobre a ascenção ao trono do irmão, Carlos III, Ana elogiou o papel "excelente" que a mulher, a rainha Camila, desempenhou no seu papel como consorte. “A sua compreensão do papel e da diferença que isso faz para o rei tem sido absolutamente notável e esse papel não é algo para o qual ela seria natural, mas ela fá-lo muito bem”, continuou. "Proporciona essa mudança de velocidade e tom, é igualmente moderna".