O primeiro-ministro interino da Líbia, Abderrahim al Kib, garantiu, este sábado, que Seif al-Islam, filho de Kadhafi e cuja detenção foi anunciada este sábado por fontes militares, será tratado "como um prisioneiro de guerra".
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"Apesar de ser um símbolo do velho regime, será tratado como um prisioneiro de guerra, conforme as leis internacionais", declarou al Kib, citado pela agência noticiosa EFE, garantindo ainda não ter detalhes sobre as circunstâncias exactas da detenção do único filho de Kadhafi, ex-líder líder já morto, que permanecia em território líbia.
A chefe da diplomacia europeia, Cathrine Ashton, apelou, este sábado, às autoridades líbias para que cooperem plenamente com o Tribunal Penal Internacional (TPI) no julgamento de Seif al-Islam Kadhafi, detido pelos antigos rebeldes no sul da Líbia.
"As autoridades líbias devem garantir que Seif al-Islam seja trazido à justiça, com respeito dos princípios de um julgamento em boas condições e em plena cooperação com o TPI", que investiga crimes contra a humanidade, afirmou Aston, citada em comunicado.
O procurador-geral do TPI, Luis Moreno Ocampo, por seu lado, contactou as autoridades líbias para garantir "uma solução conforme com a lei" para Seif al-Islam Kadhafi.
"Estamos a coordenar-nos com o Ministério da Justiça líbio para nos assegurarmos de que qualquer solução para Seif al-Islam seja em conformidade com a lei", disse, em declarações telefónicas à EFE Florence Olara, porta-voz do procurador-geral do TPI, com sede em Haia.
A Líbia tem a "obrigação" de o entregar a Haia, tendo em conta o Direito Internacional, disse um outro porta-voz do TPI, Fadi el Abdallah, à agência holandesa ANP.