"Fiquei muito assustada e escondi-me", relata portuguesa vítima da explosão em Praga
Catarina Rodrigues, uma das estudantes portuguesas que ficou ferida, esta segunda-feira, durante uma explosão num edifício universitário em Praga, na República Checa, contou, ao JN, que tinha acabado de chegar à biblioteca quando ouviu "um estrondo assustador e muitos vidros a cair. Fiquei muito assustada e escondi-me".
Corpo do artigo
"Estava na biblioteca e tinha chegado há pouco tempo. Nem cinco minutos tinham passado e, de repente, ouço um estrondo. Vejo muitos vidros à minha volta e pensei imediatamente em esconder-me debaixo da mesa", relata Catarina Rodrigues.
Depois do choque inicial, Catarina Rodrigues confessou que sofreu alguns ferimentos ligeiros. "Estavam muitos vidros no chão e quando me ia a esconder acabei por me cortar nas mãos", conta ao JN.
As pessoas que se encontravam junto às janelas do biblioteca "ficaram pior", com vários ferimentos na cabeça, acrescentou a estudante.
Segundo Catarina Rodrigues, era nessa zona que estava sentada a segunda estudante portuguesa atingida. "Não a conhecia. Ela também é estudante de medicina, mas andava noutra faculdade. Com a explosão, ela veio-se esconder debaixo da mesa onde eu estava, mas não tivemos tempo para trocar quaisquer contatos", explica. "Tinha um sangramento na zona da cabeça e estava muito assustada".
A estudante de medicina revelou que os feridos foram divididos em grupos e que cada grupo foi para diferentes hospitais. "No meu grupo estavam pessoas com ferimentos mais ligeiros. O atendimento foi muito rápido".
Catarina Rodrigues é natural de Lisboa e estuda medicina há cinco anos na República Checa.
As autoridades checas, que atribuem a explosão "provavelmente a uma fuga de gás", falam em cerca 40 feridos, na maioria ligeiros, enquanto a televisão pública adianta que são 55.
