As autoridades venezuelanas detiveram um homem suspeito de provocar um incêndio que, no domingo, destruiu 268 lugares de um mercado em Caracas, causando danos em 11 espaços comerciais de portugueses, três deles com perdas totais.
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"O Ministério Público de Venezuela acusou José Manuel Lafuente pelos crimes de fogo posto agravado, manipulação imprópria de substâncias perigosas, danos a propriedade e de fazer justiça pelas suas próprias mãos, no incêndio ocorrido no Mercado de Los Corotos de Quinta Crespo", anunciou Tarek William Saab, acompanhando o anúncio com uma foto do acusado e outra do momento em que as chamas consumiam o edifício onde funcionava o mercado.
@MinpublicoVEN #Imputó a José Manuel Lafuente, por los #delitos de Incendio Intencional Agravado, Manejo indebido de sustancias peligrosas, Daño a la propiedad y Hacerse justicia por si mismo, por el incendio provocado ocurrido en el Mercado de los corotos de Quinta Crespo. pic.twitter.com/Tf9voLMuIw
- Tarek William Saab (@TarekWiliamSaab) August 3, 2022
O Procurador-geral da Venezuela não avançou mais nenhuma informação sobre o detido, o que fez com que alguns utilizadores da rede social se questionassem sobre o que terá feito José Manuel Lafuente para ser acusado de "fazer justiça pelas suas próprias mãos".
De acordo com o cônsul-geral de Portugal em Caracas, 11 negócios de portugueses foram atingidos pelo incêndio. "Uma equipa do consulado esteve hoje no local, a fazer o acompanhamento da situação. Foram 11 negócios afetados, oito deles parcialmente e três ficaram totalmente destruídos", disse Licínio Bingre do Amaral, na terça-feira, à agência Lusa, explicando que os "pequenos espaços comerciais" vendiam bebidas, roupas e calçado para homem, acessórios eletrónicos, roupa de cama, papelaria e bolos.
Na terça-feira, alguns portugueses ainda não tinham conseguido aceder ao local para avaliar os danos causados pelas chamas.
Residentes no setor e alguns afetados chamaram a atenção para o facto de o Mercado de Los Corotos ficar nas proximidades do popular Mercado Municipal de Quinta Crespo, de maior dimensão. O incêndio, insistiram, não afetou este último, que está a funcionar normalmente, e onde dezenas de portugueses comercializam hortaliças, verduras, frutas, carne e peixe, que vão parar à mesa dos caraquenhos.