A Força Nacional de Segurança e o Exército estão a enviar contingentes para Salvador, Baía, para reforçar a segurança e conter a onda de violência na cidade, afectada pela greve de polícias militares.
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Segundo a Agência Brasil, um grupo de 150 elementos da Força Nacional de Segurança já está na capital baiana desde a noite de quinta-feira.
A expetativa é que mais 500 militares da Força Nacional e do Exército cheguem à Baía, nas próximas horas, para serem enviados para o interior do estado, segundo informações da secretaria estadual de Segurança.
Uma série de casos de vandalismo, assaltos e "arrastões" em várias áreas de Salvador, foram registados nos últimos dias desde que polícias militares ligados à Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra-BA) anunciaram, na terça-feira, uma greve por tempo indeterminado.
Os grevistas querem a incorporação no salário do subsídio por atividade policial.
De acordo com o jornal Folha de São Paulo, o salário básico de um soldado é de 580 reais (255 euros) e o subsídio eleva a remuneração em até 2.300 reais (1.000 euros) mensais, mas na média os polícias receberiam cerca de mil reais (438 euros), segundo a associação.
A justiça brasileira já determinou o fim do movimento grevista.
O secretário de Segurança da Baía, Maurício Barbosa, disse, na quinta-feira, que o reforço no policiamento integra um pacote de medidas para a restauração da sensação de segurança.
Barbosa reúne-se hoje com representantes de associações de polícias para discutir o assunto.
O procurador-geral do estado, Ruy Moraes, disse que, se a Aspra-BA, uma das muitas associações que representam os polícias, não suspender o movimento, será cobrada uma multa de 80 mil reais (35 mil euros) por cada dia de paralisação.
