As forças ucranianas indicaram, esta quarta-feira, que voltaram a visar alvos russos na península da Crimeia, reivindicando um ataque bem sucedido contra um posto de comando da frota do Mar Negro perto de Sebastopol.
Corpo do artigo
"No início de 20 de setembro, as Forças Armadas da Ucrânia lançaram um ataque bem-sucedido a um posto de comando da Frota do Mar Negro dos ocupantes, perto de Verkhniosadove, nos arredores de Sebastopol temporariamente ocupada", avançou o Departamento de Comunicações Estratégicas (StratCom) do gabinete do comando das tropas de Kiev no Telegram citado pela agência Ukrinform.
Também o porta-voz da secreta ucraniana, Andriy Yusov, informou hoje que as forças ucranianas lançaram uma série de ataques com mísseis contra bases militares russas na Crimeia.
Embora o responsável não tenha especificado os detalhes, o alvo dos recentes ataques poderá ser o principal depósito de petróleo da Frota Russa do Mar Negro, mas Yusov limitou-se a referir que estas ações fazem parte de "um conjunto de medidas" para libertar a península.
De acordo com o governador de Sebastopol, Mikhail Razvojaev, as forças ucranianas atacaram a cidade com mísseis e duas cidades vizinhas, Katcha e Verkhnessadovoye, com 'drones'.
Todos os alvos foram abatidos no ar pela defesa antiaérea, disse Razvozhayev no Telegram, referindo que a queda dos 'drones' provocou um pequeno incêndio em Verkhnessadovoye e outro numa vizinha em Katcha, sem causar vítimas, disse o governador.
A Crimeia, e em particular Sebastopol -- que alberga a principal base da frota russa do Mar Negro -- tem sido um alvo nas últimas semanas das forças ucranianas, que utilizam 'drones e mísseis' para atingir alvos na península anexada por Moscovo em 2014.
Em 13 de setembro, um ataque atingiu dois barcos em reparação -- um navio anfíbio e um submarino - e feriu 24 pessoas num estaleiro em Sebastopol. Em agosto, um ataque particularmente massivo envolvendo 42 'drones' teve como alvo a península, após uma rara operação de comando das forças ucranianas.
No dia seguinte, a Ucrânia reclamou a destruição de um sistema de defesa antiaérea russo, avaliado em 1,1 mil milhões de euros, na Crimeia.
Os militares ucranianos também atacaram repetidamente navios russos que navegavam no Mar Negro ou atracavam na Crimeia e em portos russos na costa.