A União Europeia vai adotar sanções contra entidades e indivíduos russos "proporcionais" aos anúncios de Vladimir Putin no leste da Ucrânia, anunciou a presidência da República Francesa.
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"A lista está sendo elaborada. Visaremos uma série de atividades localizadas no Donbass e diretamente relacionadas com os interesses russos, que adaptaremos aos desenvolvimentos atuais", anunciou o Palácio do Eliseu, especificando que o exame dessas sanções em Bruxelas vai começar na terça-feira.
A reação surge após o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, ter reconhecido hojea independência dos territórios separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia e instado o parlamento a assinar os tratados que permitirão o apoio militar de Moscovo a estas autoproclamadas repúblicas.
Paris não descarta instalação de novas "bases militares" russas
Paris não descarta a possibilidade da instalação de novas "bases militares" russas na Ucrânia, de acordo com o Palácio do Eliseu, que denunciou hoje a "deriva ideológica" do Presidente da Rússia e seu "discurso paranoico".
Vladimir Putin está numa "espécie de deriva ideológica" e fez hoje um discurso que misturou considerações "rígidas e paranoicas", adiantou o Eliseu, reagindo a decisão do chefe de Estado russo de reconhecer a independência dos territórios separatistas ucranianos Lugansk e Donetsk.
O Presidente russo "fez uma escolha muito clara de não cumprir os seus compromissos" e "não respeitou a palavra dada" a Emmanuel Macron, disse a Presidência francesa, sem excluir novas "bases militares" russas.
Macron condena Putin por reconhecer independência das regiões separatistas
O Presidente francês, Emmanuel Macron, condenou a decisão do seu homólogo russo, Vladimir Putin, de reconhecer a independência das regiões separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia e pediu "sanções europeias" contra Moscovo. De acordo com um comunicado hoje divulgado pelo Palácio do Eliseu, o chefe de Estado convocou "uma reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas", denunciando "uma violação unilateral dos compromissos internacionais da Rússia e um ataque à soberania da Ucrânia".
Numa pequena nota no Twitter, a ministra britânica dos Negócios Estrangeiros, Liz Truss, adiantou que o Reino Unido anunciará terça-feira "novas sanções" contra a Rússia. "Amanhã [terça-feira] vamos anunciar novas sacões à Rússia, em resposta à violação do direito internacional e ao ataque à soberania e à integridade territorial da Ucrânia", escrevei Liz Truss.
Ao início da noite, a governante havia emitido um comunicado a condenar a atitude de Vladimir Putin ao reconhecer Lugansk e Donetsk como Estados independentes, mostrando, segundo a qual, um "flagrante despeito aos compromissos da Rússia sob os acordos de Minsk". "Este passo representa mais um ataque à soberania e à integridade territorial da Ucrânia, sinaliza o fim do processo de Minsk e é uma violação da Carta da ONU. Demonstra a decisão da Rússia de escolher um caminho de confronto em vez de diálogo", anotou.
Lis Truss disse ainda que o Reino Unido não irá permitir que "a violação da Rússia dos compromissos internacionais fique impune", sustentando que será coordenada uma "resposta com os aliados".