França prepara-se para sismo político que pode ser presságio de crise financeira na zona euro
A França poderá enfrentar uma crise política já no próximo mês, com o novo Governo, liderado pelo primeiro-ministro Michel Barnier, a ficar na corda bamba enquanto tenta aprovar o orçamento de 2025. O temor de um sismo no Executivo gaulês está a repercutir-se nos mercados e pode atingir outros países da Europa.
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O orçamento, que inclui 60 mil milhões de euros em aumento de impostos e corte de gastos, foi rejeitado pela Assembleia Nacional, a câmara baixa do Parlamento francês - renovada este ano após o presidente Emmanuel Macron convocar eleições legislativas antecipadas - e agora está a ser analisada no Senado. Com o prazo final para aprovar a proposta a meio de dezembro, Barnier já admitiu recorrer ao artigo 49.3 da Constituição francesa para aprovar o plano sem uma votação. Tal manobra desencaderia uma moção de censura ao Governo de Direita.
“Se o orçamento se mantiver como está, votaremos pela não confiança”, afirmou Marine Le Pen na segunda-feira, citada pelo portal "Politico". “Se o governo colapsar, o presidente da República terá de escolher um novo primeiro-ministro”, disse a deputada de extrema-direita.