A Fred Perry deixou de vender um dos mais famosos modelos de polo da marca, por reconhecer uma apropriação do produto por parte de uma organização neo-nazi.
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O fabricante britânico descreve como "incrivelmente frustrante" que os Proud Boys - grupo supremacista branco com sede nos Estados Unidos - tenham adotado um artigo seu como imagem coletiva. Trata-se de um polo preto com o símbolo da marca em amarelo, que vai deixar de ser vendido nos EUA e Canadá.
"Para que fique absolutamente claro, se virem algum material ou produto usado pelos Proud Boys que apresente a nossa coroa de louro ou qualquer item preto/amarelo relacionado, não têm nada a ver connosco. Estamos a trabalhar com os nossos advogados para perseguir qualquer utilização ilegal da nossa marca", pode ler-se num comunicado publicado na semana passada no site da marca de roupa, fundada em 1952 pelo campeão de Wimbledon Fred Perry e adotada por várias subculturas britânicas desde então.
De acordo com a imprensa britânica, há muito tempo que a marca é associada a movimentos de extrema-direita, tendo, por várias ocasiões, manifestado-se contra os ideais do movimento. "O polo Fred Perry é uma peça do uniforme subcultural britânico, adotada por vários grupos de pessoas que reconhecem os seus valores naquilo que ela representa", disse a marca. "Estamos orgulhosos de sua linhagem e do que a coroa de louros representa há mais de 65 anos: inclusão, diversidade e independência", acresentou, lamentando que o modelo em questão esteja a "assumir um significado novo e muito diferente na América do Norte como resultado de sua associação com os Proud Boys". "Essa associação é algo que devemos terminar. "