Favorito à sucessão de Scholz, Friedrich Merz, candidato da CDU às legislativas alemãs, não reúne consensos. Regressou à política em força depois de ter sido afastado por Merkel - agora quer ser a sua antítese - e causou recentemente o caos no Parlamento, à boleia das políticas de imigração restritivas que defende.
Corpo do artigo
“Se Friedrich Merz fosse toureiro, provavelmente seguraria o pano vermelho à frente do estômago”. A descrição é da revista “Der Spiegel”, segundo a qual o mais provável sucessor ao cargo de chanceler alemão é um homem sem medo de arriscar e que tende a encarar os conflitos políticos como disputas pessoais.
Conservador, católico e defensor de uma política de imigração restritiva, Merz, de 69 anos, atual líder da União Democrata-Cristã (CDU), foi publicamente marginalizado por Angela Merkel ainda antes de a então dirigente do partido assumir o cargo de chanceler, que manteve durante 16 anos. Em 2021, o advogado saiu de uma longa (quase forçada) hibernação política, foi reeleito deputado e, após duas tentativas fracassadas, assumiu, em 2022, os destinos da CDU, tornando-se o rosto maior da oposição conservadora.