Mohammed Al Haj Ali tinha 23 anos e fugiu à guerra na Síria. É uma das vítimas mortais do trágico incêndio de quarta-feira na Torre Grenfell, Londres, que vitimou até agora mais 16 pessoas.
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"RIP Mohammed Al Haj Al". "Estamos com o coração partido pela sua família, que pensou ter encontrado segurança no Reino Unido", lê-se numa página do Facebook de solidariedade aos sírios no Reino Unido.
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Mohammed vivia no 14.º andar da torre com o seu irmão Omar, que está hospitalizado em estado considerado estável. "Mohammed fugiu da Síria para procurar uma nova vida mas acabou por morrer num incêndio que não deveria ter acontecido. Sobreviveu a Assad (presidente sírio), sobreviveu à guerra, para morrer numa torre em Londres, não há palavras", escreve um amigo da família na página da "Síria Solidarity Campaign".
Sobreviveu à guerra, para morrer numa torre em Londres, não há palavras
Esta manhã, um novo balanço da tragédia aumentou o número de mortos para 17. Tragicamente, agora não esperamos encontrar mais alguém com vida", disse a comissária dos bombeiros, Dany Cotton, à televisão Sky News, acrescentando que os bombeiros estão traumatizados pela incapacidade de salvar mais pessoas. "A severidade e a temperatura do fogo significam que será um milagre absoluto que alguém ainda esteja vivo", acrescentou.
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Cerca de 600 pessoas viviam em 120 apartamentos na Torre Grenfell, que tinha 24 andares. O edifício de habitação social, construído em 1974, foi submetido a obras orçadas em 8,6 milhões de libras (9,7 milhões de euros) e concluídas em maio do ano passado, de acordo com o Royal Borough of Kensington and Chelsea.
Esta manhã, a primeira-ministra britânica, Theresa May, anunciou que haverá uma investigação oficial sobre o incêndio.