Fundador do WikiLeaks orgulhoso por ajudar ex-consultor da CIA e confiante em asilo
O fundador do portal WikiLeaks, Julian Assange, manifestou-se orgulhoso por ter ajudado o ex-consultor dos serviços secretos norte-americanos Edward Snowden e também confiante de que o Equador lhe irá conceder asilo político.
Corpo do artigo
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Equador, Ricardo Patiño, disse que Edward Snowden solicitou asilo no seu país, através de uma mensagem publicada na rede social "Twitter", este domingo.
Segundo previsto, o chefe da diplomacia equatoriana deverá dar, esta segunda-feira, uma conferência de imprensa, em Hanói, capital do Vietname, onde se encontra em visita oficial, para facultar mais detalhes sobre o eventual acolhimento de Snowden no Equador, depois de o antigo consultor da CIA ter fugido de Hong Kong.
Assange, de 41 anos, procurado pelos Estados Unidos por ter divulgado milhares de documentos confidenciais e que se encontra refugiado, desde junho do ano passado, na embaixada do Equador em Londres, após Quito lhe ter concedido asilo político, pediu precisamente ao Equador para que "aceite o pedido de asilo de Ed Snowden", refere o diário Sydney Morning Herald.
"Tenho grande simpatia pela situação de Ed Snowden. O WikiLeaks apoia totalmente a sua decisão de ter denunciado a vigilância massiva da população mundial por parte do Governo dos Estados Unidos", declarou Assange.
O fundador do WikiLeaks realçou ainda estar "agradecido e orgulhoso" pela coragem demonstrada pela equipa do 'site' e de todos aqueles que contribuíram para a sua saída de Hong Kong.
Para o australiano, é "profundamente irónico" que a administração do Presidente Barack Obama acuse Snowden de espionagem por este ter, precisamente, revelado uma conspiração do tipo.
"Está claramente a ser perseguido pelo Governo dos Estados Unidos por ter falado a verdade", apontou o fundador do WikiLeaks, portal que divulgou, desde 2010, milhares de telegramas confidenciais expondo publicamente métodos e práticas questionáveis de muitos governos e que envergonharam, em especial, Washington.
O WikiLeaks confirmou, esta noite, em comunicado a sua participação na súbita partida de Hong Kong do antigo agente da CIA e ex-consultor da Agência de Segurança Nacional (NSA), que divulgou programas norte-americanos de vigilância de comunicações.