Cerca de 430 operacionais estão a combater as chamas que deflagraram na tarde de quinta-feira na província da Comunidade Valenciana, em Espanha, e já devastaram dois mil hectares de floresta. Por prevenção, 1500 pessoas foram retiradas das suas casas.
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A floresta, muita dela convertida em lenha seca devido à falta de humidade e chuva, é o combustível que está a alimentar as chamas que deflagraram, na quinta-feira à tarde, na região da Comunidade Valenciana, numa zona fronteiriça com a região de Aragão. O incêndio já devastou dois mil hectares de terreno e levou a desalojar cerca de 1500 pessoas de cerca de dez localidades, incluindo um lar de terceira idade onde vivem 49 idosos, de acordo com as autoridades locais e regionais.
Cerca de 430 profissionais estão a combater o fogo, que ainda não está dominado. Segundo os responsáveis das regiões autónomas, há 20 meios aéreos no terreno a ajudar.
El #incendio que afecta a #Castellón y #Teruel ya ha arrasado más de 1.000 hectáreas, siendo necesario realizar desalojos preventivos en varios municipios afectados.
- Guardia Civil (@guardiacivil) March 24, 2023
En #Montán (Castellón), hemos procedido al desalojo de la residencia geriátrica. pic.twitter.com/xl1XmTwCEe
É um incêndio "grande e precoce", de dimensões não habituais para esta época do ano, sublinharam fontes da proteção civil da Comunidade Valenciana, citadas pela agência de notícias EFE, que se mostram preocupadas com os ventos fortes de oeste que podem agravar a situação. Além de que o terreno é muito íngreme e é difícil chegar às chamas por terra.
Durante el arco nocturno las unidades del #BIEM3 en el #IFVillanuevaViver han realizado misiones de ataque directo en el flanco derecho, quemas de ensanche y se ha colaborado en la evacuación del Centro Residencial Savia Montán
- UME (@UMEgob) March 24, 2023
Despliegue @UMEgob
249 militares
67 medios pic.twitter.com/gwoM6xtGy8
Este ano choveu menos de metade do valor médio durante o inverno em várias regiões espanholas e o país está a registar em algumas zonas temperaturas elevadas para esta época. De acordo com a Agência Estatal de Meteorologia espanhola, a previsão é de que na zona do incêndio as temperaturas subam hoje até aos 25 graus e que a taxa de humidade fique abaixo dos 30%.
As alterações climáticas têm uma das suas expressões mais marcantes e devastadoras na virulência e extensão dos incêndios, mas ainda não se sabe se são responsáveis por este. Uma teoria inicial apontou que a causa poderia ser um problema com a maquinaria utilizada na limpeza da floresta, mas tal ainda não foi confirmado. O Departamento do Ambiente e a Guardia Civil estão responsáveis pela investigação.
Além deste incêndio na Comunidade Valenciana e em Aragão, dezenas de outros fogos florestais estavam ativos hoje de manhã em Espanha. Na região autónoma da Cantábria, no norte do país, as autoridades revelaram que entre 19 horas de quinta-feira e as 7 horas de hoje tinham tido registo de 22 incêndios e 12 continuam ativos.
Neste mês de março, já houve 180 incêndios florestais na Cantábria, segundo o governo regional.
Também nas Astúrias (norte de Espanha) estavam ativos hoje de manhã, por volta das 7 horas, outros 22 fogos florestais.