Cecilia Puga não queria acreditar quando foi multada pelas autoridades portuguesas, apesar de ter todos os papéis em ordem. Vive na Galiza e trabalha em Melgaço, onde tem um cabeleireiro. Agora, diz que vai fazer queixa do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e da GNR.
Corpo do artigo
Cecilia Puga é galega e trabalha em Portugal. Desde que começou a pandemia que faz uma verdadeira maratona de obstáculos para chegar ao seu cabeleireiro, em Melgaço. Desde 4 de maio, quando soube que podia reabrir o negócio, para além dos investimentos para adaptar o espaço às regras das autoridades portuguesas, é obrigada a fazer um desvio de mais de 100 quilómetros e atravessar a ponte de Tui para chegar a Portugal. Em condições normais, teria apenas de fazer um quilómetro, uma vez que vive em Arbo, do outro lado da fronteira, junto a Melgaço.
Ao Voz de Galicia, denunciou que foi ameaçada de detenção e multa por não levar consigo uma guia de circulação. Durante semanas, os elementos portugueses do SEF verificaram os seus documentos e nunca teve problemas. A situação mudou a 4 de junho, quando um guarda do serviço lhe disse que os documentos que tinha não serviam. "Disseram-me que eu tinha de provar que a minha empresa estava aberta para que valessem os meus documentos de trabalhadora transfronteiriça. Retiveram-me durante cinco horas e consegui provar isso com aplicação móvel, mas a abordagem foi como se estivessemos na fronteira entre os Estados Unidos e o México", recorda a galega.
Leia mais em Contacto