As equipas de resgate trabalharam de madrugada para tentar encontrar sobreviventes nos escombros do viaduto que desabou em Génova, na Itália, com um balanço provisório de 38 mortes.
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O súbito desabamento da Ponte Morandi, que fica numa zona industrial de Génova, no norte da Itália, provocou a queda de cerca de 35 carros e alguns camiões de uma altura de 45 metros.
Os bombeiros trabalharam toda a noite e madrugada na esperança de encontrar sobreviventes, mas apenas encontraram mais quatro corpos sem vida. Sobe para 38 o número de mortos do desastre, mas o balanço oficial, feito esta quarta-feira de manhã, é ainda incerto.
Na manhã desta quarta-feira, os meios de comunicação italianos, citando fontes do Ministério do Interior italiano, referiram que o número provisório de mortos é de 38, incluindo três crianças de 8 a 12 anos. Os socorristas também retiraram dos escombros 16 feridos, 12 dos quais em estado grave.
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Segundo a proteção civil italiana, contando com todo o pessoal envolvido (bombeiros, polícias, Cruz Vermelha), foram mobilizadas cerca de mil pessoas para os trabalhos de resgate.
"A esperança nunca termina, já salvamos uma dúzia de pessoas sob os escombros, vamos trabalhar 24 horas por dia", disse à agência de notícias AFP um dos responsáveis pelos bombeiros, Emanuele Gissi.
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A ponte, localizada na autoestrada 10 (A10), já era conhecida por apresentar problemas estruturais e os políticos italianos já pediram que os potenciais culpados sejam responsabilizados e punidos.
O Governo italiano exigiu, esta quarta-feira, a demissão dos diretores da concessionária Autostrade per l'Italia, uma subsidiária da Atlantia, e responsável pela concessão e manutenção da ponte, e anunciou uma multa que pode chegar aos 150 milhões de euros.
O ministro do Interior, Matteo Salvini declarou no final de terça-feira que há "cerca de trinta mortes confirmadas", prometendo que os responsáveis pelo acidente "pagariam, pagariam tudo e pagariam caro".
O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte esteve no local do acidente na noite de terça-feira e, hoje, deverão visitar o local o vice-primeiro-ministro, Luigi di Maio, e o ministro dos Transportes e Infraestruturas, Danilo Toninelli.
Matteo Salvini é esperado esta tarde no local do acidente, o mais mortífero desde 2001.
"É uma catástrofe que atingiu Génova e toda a Itália. Uma tragédia assustadora e absurda atingiu pessoas e famílias", disse o Presidente italiano, Sergio Mattarella, num comunicado.
