O governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, líder do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), da oposição a Dilma Rousseff, foi impedido de discursar pelos manifestantes que protestavam contra o governo federal e a corrupção.
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Juntamente com o senador Aécio Neves, candidato do PSDB derrotado por Dilma nas últimas eleições presidenciais do país, Alckmin chegou a ser hostilizado pelos manifestantes quando chegou à avenida Paulista, em São Paulo.
Pessoas que participavam no protesto vaiaram Alckmin, lembrando uma denúncia de desvio de dinheiro de merendas escolares investigado no estado de São Paulo, que envolve políticos ligados ao governador.
No caso de Aécio Neves, as pessoas lembraram a citação do nome do senador em depoimentos de delatores presos na operação Lava Jato, que investia os desvios de dinheiro da petrolífera Petrobras.
Como não conseguiram discursar, os dois políticos deixaram o local.
Antes, Alckmin e Neves reuniram-se no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, onde deram uma conferência de imprensa.
Alckmin disse que é "preciso virar a página" ao apoiar as manifestações que pedem a saída do governo do de Dilma e do Partido dos Trabalhadores (PT). "Precisamos de uma solução rápida para retomar o crescimento", declarou.
O senador Aécio Neves tinha-se deslocado a outro protesto, organizado em Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais. Nesse ato, pediu à população para exigir o fim da corrupção. "Estamos aqui ao lado dos brasileiros para dizer chega. O Brasil merece algo melhor e com a força do povo nós vamos construir um novo caminho para o Brasil", disse o político.
Milhares de pessoas, vestidas com roupas de cor verde e amarela da bandeira brasileira, estão este domingo a manifestar-se em várias cidades do Brasil, clamando pelo fim da corrupção.
Organizadas por movimentos civis insatisfeitos com a crise económica e política que afeta o país, as manifestações exigem o fim do Governo do Partido dos Trabalhadores (PT), fazendo críticas à presidente Dilma Rousseff e ao seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva.