Jeffrey Epstein não foi assassinado, não chantageou figuras poderosas nem possuía uma "lista de clientes", afirmaram, esta segunda-feira, o FBI e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que descartaram as teorias conspiratórias sobre a morte na prisão do milionário, acusado de tráfico sexual de menores.
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O governo fez "uma análise exaustiva" das provas do caso Epstein, que se suicidou em 2019 numa prisão de Nova Iorque, informaram as agências em memorando conjunto. O caso foi cercado de especulações sobre possíveis vínculos do milionário com figuras poderosas da política, economia e realeza.
Publicado pelo "Axios", o documento descarta uma das principais teorias conspiratórias: a de que Epstein teria sido morto. "Após uma investigação completa, os investigadores do FBI concluíram que ele se suicidou na cela", lê-se no texto. As imagens de vídeo da noite da morte não mostram ninguém a entrar na cela até o corpo ser encontrado na manhã seguinte. Segundo as agências, as provas mostram que Epstein "prejudicou mais de mil vítimas", mas nenhuma delas implica "terceiros".
Também descartou-se a existência de uma "lista de clientes" e que o ex-gestor de fundos de investimento tenha chantageado "pessoas proeminentes". A ex-assistente de Epstein, Ghislaine Maxwell, foi condenada no caso, por várias acusações, incluindo tráfico sexual de menores. Entre as pessoas relacionadas com o milionário estava o príncipe André, que fechou um acordo em 2022 para encerrar uma ação civil movida nos Estados Unidos por Virginia Giuffre, que afirmava que ele a havia agredido sexualmente quando ela tinha 17 anos. Virginia, que acusou Epstein de a usar como escrava sexual, suicidou-se em casa, na Austrália.
O empresário Elon Musk publicou no mês passado que o presidente Donald Trump, seu ex-aliado, constava dos "arquivos Epstein". Em seguida, apagou o comentário, feito no X (antigo Twitter). Trump foi citado durante o julgamento de Epstein, mas não foi acusado de nenhum crime.