O governo grego manifestou, esta segunda-feira, preocupação pelo crescente número de agressões físicas aos deputados do grupo parlamentar socialista depois da aprovação do duro programa de austeridade para salvar o país da bancarrota.
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O porta-voz do governo grego, Ílias Mosialos, apelou a todos os partidos para adoptarem "uma postura clara sobre a violência que atinge o mundo político".
Em declarações à rádio Real, o porta-voz sublinhou que "a violência não permite a liberdade de pensamento" e que "não pode ser aceite pela sociedade". "Quem será o próximo alvo? Agora são os deputados", questionou-se Ílias Mosialos.
O porta-voz argumentou que "a violência económica seria muito maior se o país não assegurasse as obrigações financeiras" com a aprovação do pacote de austeridade.
O apelo do governo grego surge depois de o deputado socialista Alekos Athanasiades ter sido atacado nas imediações do Parlamento na quinta-feira, quando foi aprovado o novo pacote de austeridade. Este deputado declarou que também recebe ameaças telefónicas contra a sua vida.
Outro deputado do Movimento Socialista Pan Helénico (PASOK), o partido no poder na Grécia, foi agredido por cidadãos na cidade de Lamia, onde lhe atiraram ovos, copos de café e de água, apesar de um forte dispositivo policial.
Além dos casos de violência física que sofreram alguns deputados, apareceram em muitos pontos da Grécia palavras de ordem e cartazes com insultos contra deputados socialistas.